quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

2009! O Plano é Maior!





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O Natal sempre marca o solstício de inverno no hemisfério norte. É nesse período que os xamãs, até hoje, realizam rituais de passagem para um novo ciclo anual.

Muitos povos xamânicos também comemoravam a cerimônia da árvore, representando a "Árvore do Mundo". Será por isso que levamos uma para dentro de nossas casas e a enfeitamos?

Partimos da crença de que a lenda do Papai Noel nasceu na Sibéria. Existia uma tribo na antiga Sibéria chamada O Povo das Renas.

As renas eram para os siberianos o que o búfalo representa para os nativos americanos; eram também consideradas a manifestação do Grande Espírito Rena, invocado pelos xamãs para resolver os problemas do povo. Nas suas jornadas xamânicas, ele viajava, em transe, em um trenó de renas voadoras.

Existe na Sibéria um enteógeno poderoso chamado Amanita muscária, um cogumelo vermelho com manchas brancas. É o sacramento de seus trabalhos espirituais. A Amanita muscária é um cogumelo enteógeno, que proporciona visões e introvisões de profundo significado. Esse cogumelo contém elementos que permanecem intactos em sua passagem pelo organismo, por isso os xamãs siberianos guardavam e consumiam a própria urina para ser bebida no inverno, quando não havia o cogumelo.

Não eram só os xamãs que usavam amanita, as renas também comiam. Eles até conseguiam atrair renas com a urina, que chegavam a brigar para tomá-la e as laçavam enquanto bebiam.

Alguns caçadores davam pedaços de amanita para as renas para aumentar a sua força e resistência física, e assim suportarem melhor as longas distâncias. Se as renas fossem abatidas por alguém nesse momento, quando estavam na manifestação do enteógeno, os efeitos do amanita passariam para quem comesse a sua carne.

Caçadores, ao se alimentarem de renas que haviam ingerido amanita, tiveram uma visão coletiva de um homem vestido de vermelho e branco (cor do cogumelo), um xamã que levava presentes para a população.

Eles viram o xamã voando em um trenó de renas.

Daí, conta-se que Papai Noel foi uma visão de homens que se alimentaram das renas que consumiram amanita.

A roupa do Papai Noel, por sinal, é de origem lapônica.

Tradicionalmente, os xamãs siberianos eram conduzidos em suas viagens extáticas (jornadas xamânicas) aos mundos profundos (transe) por um trenó de renas. Isso explica a origem de Papai Noel viajando por um trenó de renas. Os habitantes sentiam que os xamãs sempre lhe traziam presentes espirituais. Além disso, a fumaça do fogo onde faziam seu trabalhos saía por uma abertura nas casas (chaminés ), e era por ali que entravam e saiam os espíritos, o que também explica a origem de Papai Noel entrando pela chaminé.

O que quero dizer, na verdade, é que nosso doce e querido Papai Noel nasceu na Sibéria e tem sua origem no xamanismo. O que acham ? Coincidência?


Uma lenda siberiana

Uma lenda do koryak (Sibéria) conta que o herói da cultura, Grande Corvo, numa passagem , ele capturou uma baleia, que estava à sua frente, e queria soltá-la para traz no mar, mas era incapaz de devolvê-lo ao mar por ser tão pesado.

O deus Vahiyinin (existência) disse-lhe que deveria comer espíritos do wapaq para ter a força. Vahiyinin cuspiu em cima da terra e as plantas brancas pequenas - os espíritos do wapaq - apareceram: tinham chapéus vermelhos, e o cuspe de Vahiyinin congelado como os flocos brancos de neve. Ao comer o wapaq, Grande Corvo tornou-se excepcionalmente forte e conseguiu atirá-la ao mar.

A partir daí o cogumelo crescerá para sempre na Terra, e os povos podem aprender o que ele ensina. Wapaq é a mosca Agarica, um presente diretamente de Vahiyinin - plantas dos deuses.

Nas biografias legendárias de alguns adeptos do budismo, há alguns indícios que podem ser interpretados para revelar que eles consumiam o cogumelo Amanita muscaria para conseguir a iluminação.

Eles mantinham o voto de manter o segredo dessas práticas, tanto que sua identidade foi escondida atrás de um jogo de símbolos.

Alguns pesquisadores acreditam que ele é o soma, dos Vedas (a mais antiga literatura sagrada da humanidade).

Soma era mais do que uma bebida, e seu sumo expressa um deus. Sugere-se o deus Agni, deus do fogo. O soma é simbolizado pelo touro, o símbolo do rig veda (hino aos deuses) da força.

Nas pesquisas, o uso do amanita aparece também em tradições da Ásia do Norte e do Sul, nas tradições germânicas ligadas a Odhin, em usos xamânicos mais adiantados nas florestas da Eurásia do Norte. Visto também, por muitos anos, no distrito de Kanto, no Japão; no Norte da Europa; Índia; e na América Central por muitos anos.

Também identificado como o Haoma, dos Persas. Esses cogumelos sagrados foram utilizados por xamãs para a cura espiritual; era a entrada para incorporar o reino dos deuses.

O cogumelo sagrado Amanita Muscaria, segundo alguns pesquisadores, é o mesmo citado por Lewis Carroll em "Alice no País das Maravilhas" Teria Lewis ingerido o enteógeno para escrever seu livro ?

Relata-se também efeitos analgésicos significativos, para curar males da garganta, feridas cancerígenas, artrites.

O amanita contém os princípios ativos muscazon, ácido ibotênico, muscimelk e bufoteína. Os efeitos começam entre 20 e 30 minutos após a ingestão e duram de 6 a 8 horas.

Geralmente, o usuário experimenta visões semelhantes aos sonhos.

O Amanita muscaria, em suma, é um dos cogumelos mais bonitos, com um encanto misterioso.

AMOR - PAZ E LUZ !

LÉO ARTÉSE

Nota: (Observação dos coordenadores do site: O Amanita Muscaria é um cogumelo que exige muito cuidado no preparo, no uso, pois é tóxico, podendo causar a morte. Nosso interesse aqui é a pesquisa teórica de seu uso na medicina ancestral e tradicional dos povos. Evite o uso de substâncias ou plantas de poder proscritas e sem um especialista autorizado e responsável.)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

nas paredes destes pais ( RIO- ZS)

“Vocês podem nos bater
Vocês podem nos pegar
Vocês podem nos prender
Vocês podem nos pintar
...Vocês podem até nos matar
Mas nascerão outras gerações de pixadores
E eles darão continuidade à nossa arte proibida”

sábado, 20 de dezembro de 2008

SEM PERDÃO

Video realizado durante projeto Xarpi escrita Noturna
www.xarpiescritanoturna.blogspot.com



caroline foi libertada , a luta continua!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Kanye West



Durante sua apresentação no Saturday Night Live, Kanye West ficou na mão e quando esqueceram de ligar o auto-tune, efeito que ele vem usando exageradamente, pelo estético, nos vocais do seu novo disco. Para quem achava que era justamente o efeito que estava estragando a música, uma surpresa: o troço é ruim do mesmo jeito.
por bruno natal

domingo, 14 de dezembro de 2008


Convido os leitores desse blog a ler abaixo o manifesto e assinar a petição: http://www.abaixoassinado.org/webroot/abaixoassinados/3309

Inacreditável que em pleno século 21 ainda tenhamos que gritar: Abaixo a censura, abaixo a repressão!

Destinatário: FUNDAÇÃO DA BIENAL DE SÃO PAULO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

No dia da abertura da 28ª Bienal de Artes de São Paulo, 40 pichadores entraram no Pavilhão e "atacaram" com seu design gráfico todo particular o segundo andar o prédio, o local que estava o chamado "vazio" proposto pela curadoria que consistia de paredes e pilastras brancas. Na ocasião, a pichadora Caroline Piveta Mota foi a única detida sob a alegação de depredar o patrimônio público. Acusada de se associar a "milicianos" para "destruir as dependências do prédio", a jovem continua presa.

O que nós, agentes culturais, estranhamos é que existe um paradoxo nesse caso, pois se trata de patrimônio público, mas também de uma mostra de arte contemporânea, local propício para esse tipo de manifestação desde o começo do século 20. Como escreveu o professor e artista Artur Matuck: "As paredes foram pichadas e repintadas e a mostra não foi prejudicada. Independente da discussao estética, se a pichaçao é ou não arte, se se justifica ou não, a atuação deste grupo ao invadir o prédio da Bienal com um grupo de pichadores, foi também um ato expressivo, foi inequivocamente uma manifestaçao cultural. [...] Uma discussão ampla e bem informada sobre o fenômeno cultural da pichaçao é relevante desde que na medida em que não é validado enquanto expressao artistica pode ser considerado como vandalismo e justificar repressão". Repressão essa que faz Caroline estar presa até hoje e ainda pegar uma pena de 3 anos.

Por isso pedimos: LIBERTEM A PICHADORA CAROLINE PIVETA DA MOTA!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

“Hay que tornarse zen, pero sin perder el ativismo jamas”

Caros artivistas do Brasil e do mundo
Voces estao informados de um dos resultados da Bienal Internacional de Sao
Paulo que se encerrou hoje ? Uma mulher autodenominada pixadora estah presa,
ameaçada de permanecer encarcerada por até tres anos. Caroline Sustos foi
uma das integrantes do grupo de pixadores que invadiu a mostra. As paredes
foram pixadas e repintadas e a mostra nao foi prejudicada.
Independente da discussao estética, se a pichaçao é ou nao arte, se se
justifica ou nao, a atuaçao deste grupo ao invadir o predio da Bienal com um
grupo de pixadores, foi também um ato expressivo, foi inequivocamente uma
manifestaçao cultural que poderia, deveria ser discutida, avaliada,
rejeitada e mesmo eventualmente contida. Que tenha como resultado a detençao
de uma mulher apresenta-se como lamentavel e inaceitavel para as
instituiçoes publicas de Sao Paulo.
Especialmente, a Bienal de Sao Paulo nao deve participar de um ato
repressivo que resulte na detençao de Caroline Sustos (como assina seus
autos de prisão) em suma, em mais uma pessoa encarcerada por motivos muito
discutiveis.
Pode-se sim considerar, ao contrario, que a proposta do curador Ivo Mesquita
em manter um andar da exposiçao vazio, para um exercicio de reflexao sobre
todas as Bienais do mundo, como afirmou, foi devidamente respondida por este
grupo de pixadores. Esta resposta representa uma pulsao de uma cidade !
A historia tem demonstrado que inumeras vezes os criticos, curadores e
historiadores equivocam-se diante de manifestaçoes artisticas inusitadas. A
Bienal de Sao Paulo teria muito a ganhar se o andar vazio tivesse sido, apos
esta invasao, voluntariamente oferecido aos pixadores e grafiteiros de Sao
Paulo que alias projetaram sua arte internacionalmente. O fato da pixaçao
nao ser validada e legitimada pode tambem representar uma ausencia de
reflexao de criticos e historiadores diante de um fenomeno contemporaneo que
escapa de nossos paradigmas habituais.
A abertura da Bienal teria sido um gesto inedito de reconhecimento por uma
instituiçao artistica, de uma forma expressiva que se espalhou por toda a
cidade e nao pode ser simplesmente ignorada. Uma discussao ampla e bem
informada sobre o fenomeno cultural da pixaçao é relevante desde que na
medida em que nao é validado enquanto expressao artistica pode ser
considerado como vandalismo e justificar repressao.
Diante de todo o exposto, proponho que seja organizado um protesto, seja
presencial seja virtual, por todos os meios possiveis, convocando artivistas
sejam brasileiros sejam internacionais no sentido de convocarmos nossas
energias para que esta mulher seja liberada o quanto antes.
Aqueles dentre nos que possam acessar jornalistas, advogados, promotores de
justiça, politicos, professores, estudantes, todos que puderem de algum modo
interferir favor reenviarem esta mensagem e solicitar solidariedade.
Aqueles que puderem traduzir este protesto para outras linguas e enviar para
grupos de discussao e instituiçoes estrangeiras favor engajarem-se o quanto
antes.
Divulguem este protesto, disseminem esta idéia para que Caroline seja
libertada o quanto antes e para que as instituiçoes artisticas e culturais
brasileiras nao se tornem cumplices neste cerceamento da liberdade e da
expressao.
Artur Matuck
Artista plastico, escritor e professor da Universidade de Sao Paulo

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008