sábado, 30 de agosto de 2008

Leitura para Descansar



Nos dias de hoje em que só se houve falar da crise da indústria discográfica, como é que um artista consegue vender mais de um milhão de discos na primeira semana de lançamento do seu novo disco? A resposta é um bocado complexa, ainda mais quando estamos falando de um rapper como Dwayne Michael Carter Jr. AKA Lil’ Wayne, mas para começo de conversa pode-se dizer que é uma combinação de carisma, letras que metem muito sexo ao barulho, dedicação, bastante trabalho e muita música grátis.

Quem o ouvir pela primeira vez pode pensar que se trata de mais uma daquelas inúmeras vedetas fabricadas pela indústria discográfica que enchem os Tops dos discos mais vendidos um pouco por todo o mundo. Mas quando a chove de f***s e b****s e as inúmeras referências sexuais, machistas e misóginas com que “Weezy” nos bombardeia acaba por destruir todos os pruridos politicamente correctos, descobrimos um artista que se empenha de alma e coração naquilo que faz, capaz do melhor e do pior. Para mim, ele é a prova de que nem sempre o que é popular é mau.

Lil’ Wayne não deixa absolutamente ninguém indiferente: ele é amado por uns e detestado por outros, como ele próprio refere em “Love Me or Hate Me”, uma das cinco músicas que eram para ter sido lançadas juntamente com o seu sexto álbum de estúdio intitulado Tha Carter III mas que acabaram por se espalhar pela Internet muito antes do disco estar sequer terminado. Lil Wayne não se fez rogado e aproveitou a oportunidade para lançar no iTunes e noutras lojas online uma mixtape oficial chamada precisamente The Leak a 18 de Dezembro de 2007.

Este é apenas um exemplo dos inúmeros episódios que, segundo as regras convencionais da indústria discográfica teriam arruinado o desempenho de um disco de “originais” de um artista nas tabelas de vendas, mas que Lil Wayne conseguiu transformar em oportunidades de promoção para gerar ainda mais vendas. O resultado lógico da sua estratégia está à vista: na primeira semana após o seu lançamento a 10 de Junho o Tha Carter III vendeu 1.005.545 cópias nos Estados Unidos. O último álbum a superar a marca de um milhão de cópias comercializadas na semana de estreia tinha sido The Massacre de 50 Cent, com 1,1 milhões de unidades vendidas na semana de estreia em Março de 2005. Desde então, apenas Graduation de Kanye West conseguiu aproximar-se , com 957 mil cópias comercializadas durante a semana de lançamento em Setembro de 2007.

Da minha parte, confesso que até há bem pouco tempo nunca tinha ouvido qualquer música de Lil Wayne. Eu sabia que havia ali qualquer coisa de diferente da maioria das outras vedetas Rap mas ainda não lhe tinha dado atenção. A verdade é que mesmo sem lançar um álbum oficial desde 2005 Wayne transformou-se nos dois últimos anos numa presença regular das listas de melhores discos do ano das “bíblias” da crítica de música. Tudo graças à prodigalidade de mixtapes que o rapper de Nova Orleães lançou neste período, sobretudo Dedication 2 de 2006 lançada em conjunto com DJ Drama e Da Drought 3 de 2007.

Com esta última mixtape composta por dois discos e 29 faixas e com uma duração superior a 100 minutos, Wayne conseguiu a proeza de constar da lista dos melhores discos do ano da Pitchfork (17º lugar), da revista The Wire (22º) e da extinta publicação online Stylus Magazine (4º). No mundo do hip-hop, as mixtapes referem-se a compilações que combinam samples e/ou remisturas de outras músicas com as rimas de um MC em freestyle. Como tal, elas funcionam como veículo promocional para lançar MCs do circuito underground para o mainstream. No início, as mixtapes eram comercializadas sob a forma de CDs e vendidas nas ruas, em lojas de discos independentes ou nos concertos de artistas. Mas com a Internet, elas começaram a ser disponibilizadas sob a forma de downloads. Lil Wayne soube como ninguém aproveitar as mixtapes para gerar buzz e hype junto dos fãs de Rap, bem como da blogosfera, oferecendo downloads inteiramente gratuitos das suas mixtapes.

Longe dos constrangimentos de copyright a que as edições oficiais obrigam, Wayne deu rédea solta à sua liberdade e criatividade artística. Em Da Drought 3, “Weezy” improvisa descaradamente por cima de samples de Beyoncé (”Upgrade U”), Nas (”Black Republican”) e Gnarls Barkley (”Crazy”). Mas as minhas preferidas são mesmo “Ride 4 My Niggas” e “We Taking Over (Remix)”. Em The Drought Is Over 2: Tha Carter 3 Sessions, ele chega mesmo a samplar os Beatles (”Help”) e Prince (”Diamonds & Pearls”).

É também nesta edição que podemos encontrar a fabulosa “I Feel Like Dying” que integra um sample de Karma Ann Swanepoel, uma cantora folk residente na África do Sul que decidiu processar Wayne por causa disso. Mais recentemente, Lil Wayne voltou a ser alvo de outro processo judicial por ter gravado uma versão muito própria de “Playing With Fire” dos Rolling Stones incluída em Tha Carter III. Voltando às mixtapes, o crítico de música Robert Christgau da estação de rádio NPR atribui o sucesso comercial de Tha Carter 3 ao facto de ele ter conseguido inundar a Internet com uma pletora de mixtapes que provocaram um aumento da procura por material original novo que aumentou ainda mais a fasquia em termos de qualidade.

Outra razão que se poderá apontar para o um milhão de discos vendidos foi a colaborações em músicas de outros artistas, como explica o New York Times: desde Enrique Iglesias a Jay-Z, passando por Chris Brown, Wayne foi a todas e aceitou todos os convites, até os mais inusitados. Este espírito colaborativo está também bem vincado em Tha Carter 3 com as participações de Jay-Z (”Mr. Carter”) e Kanye West (”Comfortable” e “Let The Beat Build”), só para citar os nomes mais famosos. Também em termos de produção, o álbum conta com alguns dos maiores profissionais Hip-Hop.

O facto de todas as músicas do disco terem “leakado” para a Internet mais de 10 dias antes da sua estreia comercial não parece ter prejudicado em nada as vendas. O mais provável é que tenha ocorrido exatamente o contrário e que a partilha online tenha apenas servido para fazer chegar a sua música a um maior número de pessoas que de outro modo provavelmente não se teriam interessado pelo trabalho de Wayne a ponto de estarem dispostas a darem dinheiro pelo CD.

Em Abril - mesmo antes da “fuga” - Lil Wayne já era o artista mais popular dos Tops das músicas mais descarregadas das redes de P2P, de acordo com o que Eric Garland, director executivo da Big Champagne, referiu ao NY Times que indica que os fãs que descarregaram as músicas de Lil Wayne fizeram uma média de 10 downloads das suas músicas ao passo que nos outros artistas essa média era apenas de duas:

Isso é representativo da quantidade da sua produção, que é abundante, bem como do nível de envolvimento da sua audiência. Se somos um fã, o mais provável é sermos um fã a sério. E embora as pessoas que gostam de uma música individual não estejam dispostas a gastar dinheiro com esse artista, as pessoas que gostam de 10 músicas estão. Penso que o fenómeno das mixtapes é fabuloso para alimentar a máquina e isto é a essência da indústria da música no século XXI.

É claro que a popularidade de Lil Wayne não adveio apenas da Internet mas também da exposição concedida pelas rádios e por anúncios televisivos pagos pela Universal Music. Outra explicação aponta para o programa “Complete My Album” da loja do iTunes que permitiu que os consumidores que tinham adquirido anteriormente singles individuais do disco lançados antes da data de saída pudessem comprar as restantes músicas a um preço de desconto. Alguns vão mesmo ao ponto de dizer que a Universal Music chegou a comprar ela própria milhares de cópias do disco para aumentar artificialmente as vendas.

O que é certo é que já há muito tempo que um disco não recolhia a unanimidade da crítica e do público. Pessoalmente, ele passou a fazer parte do meu Top 5 de melhores discos deste ano. Apesar do carácter brejeiro e sexista da maioria das letras de “Weezy”, há algo nele que supera tudo isso mas que eu não consigo explicar. É irracional, é ilógico mas é irresistível. A voz de Wayne faz-nos lembrar a mistura de um velho xamã com a de um MC jamaicano de raggamuffin da Jamaica e um pequeno diabo. As inflexões que ele faz, os trejeitos e os truques são inimitáveis. É visceral. É infeccioso. É um vírus sonoro. Se no próximo Tha Carter 4 “Weezy” conseguir eliminar a palha com que ainda nos deparamos aqui e ali nos seus lançamentos, teremos sem dúvida um clássico. Tendo em conta que ele tem “apenas” 25 anos, tudo é possível…

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

"O MARAVILHOSO MUNDO DO ZÉH PALITO".

Danilo Pauer - Zéh Palito.

http://www.flickr.com/photos/zehpalitohttp://www.fotolog.com/pauerrr


Expo " O Maravilhoso Mundo do Zéh Palito ".
Abertura 30 de Agosto de 2008.
19 Hs - Vó Zuzu Atelier.
Av. Cristovão Colombo, 342.
Porto Alegre - RS
Visitação: 01 de Setembro a 06 de Setembro.
Horário: 13:00 hs às 17:00 hs.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

domingo, 24 de agosto de 2008


Clique NA IMAGEM pra ler entrevista do Alan Sieber no IG Estilo.

domingo!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

“Desde o início dos tempos, os seres humanos têm a necessidade de compartilhar - da comida à arte. Compartilhar faz parte da condição humana. Uma pessoa que não compartilha não é somente egoísta, mas amarga e solitária”

terça-feira, 19 de agosto de 2008

OLIMPIADAS

“Evento da Rede Globo criado por ativistas gregos e freqüentemente invadido por atletas que buscam divulgar causas importantes de seus países como o Arco e Flecha e o Salto Ornamental.”

Fonte: Conectorpedia

domingo, 17 de agosto de 2008

PIXOARTE



Nénão!?


Não tenho bem certeza, mas é o seguinte: muito se fala a respeito de como a internet aproxima, conecta as comunidades, redes sociais e tudo mais. Mas raramente alguém sublinha (acho que nunca vi isso escrito) que a conexão digital aliada à distância física facilita muitas parcerias (artísticas/comerciais/pessoais) que talvez não funcionassem no dia-a-dia, na erosão natural do tétiatéti. Nénão?

por :gustavo mini

sábado, 16 de agosto de 2008


David Lynch esteve em Porto Alegre particpando doa conferencia "Fronteiras do Pensamento" e onde todos esperavam um clima denso bizarro , um senhor elegante fala de meditação transcendental , mente humana e felicidade.


clica AQUI e vai la no Conector que ta de casa nova

casa nova CONECTOR

4 blogs se juntaram com o nome de OESQUEMA - o Conector do Mini - Mau Humor , que quem me apresentou foi o Alan Sieber - mais Trabalho Sujo e Urbe , que conheci agora


SLIM

Slim regravou o som Por Voce, esta no myspace nos vocais com ele filiph neo , que tambem vale uma volta no myspace pra ouvir esse jovem de 18 anos .


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

ALEX ATALA EM PORTO ALEGRE


Mostra ZH de Gastronomia

Um grande desfile de chefs de cozinha está marcado para setembro: de 3 a 6, grandes nomes da gastronomia nacional e internacional estarão dando aulas, realizando workshops e preparando jantares pra lá de especiais. Entre os grandes chefs presentes, o brasileiro Alex Atala, considerado o embaixador da cozinha nacional pelo mundo.


CURSOS
Os convites para as aulas custam R$ 60.

3 de setembro - quarta-feira

14h30min A cozinha de Brasserie, com Erick Jacquin
16h30min A mesa com produtos típicos brasileiros, com Alex Atala
18h30min As melhores sobremesas da Douce France, com Fabrice Lenud

4 de setembro quinta-feira

14h30min Cozinha com um toque oriental, com João Leme
16h30min Tortinhas e monoporções, com Mara Mello
18h30min Delícias para eventos, com Neka Menna Barreto

5 de setembro sexta-feira

14h30min Menu da Itália, com Sergio Arno
16h30min Sabores da Borgonha, com Emmanuel Bassoleil
18h30min Um dia de banquete, com Neka Menna Barreto

06 de setembro - sábado

14h30min O melhor do El Cellar de Can Roca, com Jordi Roca
16h30min Na mesa do poder, com Mara Alcamim
18h30min Um cardápio à base de carnes, com Francesco Carli

Eu já garanti minhas aulas, mas restam poucas vagas, viu?
Informações e inscrições: (51) 3231-638

QUE PORRA É ESSA!


A arma secreta da indústria discográfica e cinematográfica para travar por todas as formas a partilha de ficheiros - tanto online como offline - dá pelo nome de “Acordo de Comércio Anti-Contrafacção” (ACTA) e consiste num acordo comercial de âmbito internacional que se encontra a ser negociado entre representantes dos Estados Unidos, Comissão Europeia, Japão, Suiça, Canadá, Austrália, Coreia do Sul, México e Nova Zelândia.

Um dos pontos mais polémicos deste acordo secreto é o facto de conceder autoridade aos funcionários das alfândegas para revistarem computadores portáteis, iPods e outros dispositivos em busca de conteúdos potencialmente ilegais, bem como para confiscar e destruir equipamento sem que tenham sequer de obter uma queixa de um detentor de direitos. Mais ainda, os cartéis da Propriedade Intelectual querem também aplicar sanções criminais - e não apenas civis - a partilha online de ficheiros sem autorização dos titulares de direitos, equiparando-a assim de facto à pirataria com fins comerciais utilizando como justificação o argumento completamente falacioso de que se tratam ambas de práticas que prejudicam de igual modo o detentor de direito.

Para além de todo o processo de negociação da ACTA ter decorrido até agora em total secretismo - e se não fosse uma alma caridosa ter feito chegar anonimamente à Wikileaks o documento da proposta, a opinião pública mundial não teria tido qualquer conhecimento dele -, tudo foi feito de modo a deixar de fora os países periféricos que representam a maioria da população do globo e que seguem políticas que muito desagradam às editoras, estúdios de cinema, farmacêuticas e outras indústrias que dependem dos direitos de autor e das patentes.

A última reunião no âmbito das negociações sobre a ACTA está a decorrer desde terça-feira em Washington, nos Estados Unidos, e termina hoje. Como ...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

terça-feira, 12 de agosto de 2008


tenho falado em mim de uns tempos pra ca.....sao mudanças acontecendo,tenho me apercebido delas no cotidiano.......meu delicado ombro forçando a roda,e ela anda,e eu ando...sonhei com a porta aberta esta noite e eu ja estava no outro lado,o mesmo gramado de sempre,verde,ao infinito,a porta aberta e eu do outro lado...olhei dentro do olho e o fio da navalha estava ali no brilho dele, a mao que segurava o trinco tinha tatuada ? , ela desapareceu junto com a navalha do teu olho...quando acordeu pensei PERDEU! PERDEU! ....nao pesou tanto assim no meu ombro,abri a porta e tenho a visão ainda. vo agradecer Salve! hare! hare!um pouco mais hoje ogunhê !hare hama!

domingo, 10 de agosto de 2008

Clica AQUI e ouve os programas Relaxation e Introdusom com Don L mc do grupo Costa a Costa de Fortaleza.
Gravado em Porto Alegre dia 6 de agosto - estudio da Radio da Universidade IPA.

Huummmm


sábado, 9 de agosto de 2008

; )


Chegou o momento de gozar da boa fortuna, que resulta não da sorte, mas do esforço empreendido. Não se culpe por conseguir coisas que outras pessoas queridas não conseguiram. Não devemos nos medir pelos outros, mas aceitar o nosso próprio sucesso e fazer com que este sucesso sirva de exemplo para os demais. Saiba exercitar seu senso de abundância e você terá diversas oportunidades para distribuir generosidade pelo mundo, multiplicando a felicidade obtida. Há momento em que a sorte se manifesta. Aceite-a, simplesmente, sem culpas ou excesso de filosofias!
Multiplique a felicidade obtida.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

em Porto Alegre ,
preciso que os dias tenham 30 horas, hoje consegui colocar a correspondecia em dia, recebi fotos lindas da minha mae, que é uma viajante - esta pela segunda vez na india vindo desde o leste europeu a 3 meses , nos vemos uma vez ao ano por 4 meses, os de verão , que ela passa aqui no sul, entre o campo e o mar....trabalho pra caralho pra ser igual a ela , saudades , pedro manda beijos
mercado de conchas
templo de adoração á SHIVA - Hare Krishna!
aldeia onde esta la no fundo
e o carregador de malas , com a mochila dela .